Blogue literário deTchalê Figueira

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

NA CIDADE

Na cidade

Como um alazão desventrado a chuva cai da cinzenta nuvem
Bátegas de água destilada resvalam na montanha escabrosa
Bicicleta com donzelas montadas, pela ribeira viaja,
Meus olhos um lápis, pintando o entulho da cidade rasgada.

Com grémios pomposos fraudam a solidão
Lábia sem propósito nem candeia,
Princesas e príncipes urbanos com asas de lama…

Abanando abanicos de vaidade, avançam pela cidade,
Escassez de espírito, naufragada agnosia,
Canto de sereias, suicidando a poesia…

Mais náufragos que Ulisses,
Num banquete de navalhas brindam com terebintina,
A morte frívola de um dia vazio.


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