Blogue literário deTchalê Figueira

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Maravilhoso Mundo Novo


O CONTROLO DO PENSAMENTO EN CONTEXTOS MODERNOS

Segundo Marvin Harris, antropólogo norte-americano, uma forma importante de conseguir o controlo do pensamento consiste, não em assustar ou ameaçar as massas, mas sim, atraí-las a identificarem-se com a elite governamental e usufruir indirectamente da pompa dos acontecimentos estatais. Espectáculos públicos, tais como, procissões, coroações, paradas militar, corridas de carros, futebol etc… Que operam contra os efeitos alienantes da pobreza e da exploração. Durante a época Romana, as massas eram reprimidas, mas era - lhes permitido, assistir a combates de gladiadores e outros espectáculos circenses cruéis. Os sistemas estatais modernos têm, no cinema medíocre, na televisão, rádio, desportos organizados, satélites e outras técnicas poderosas, a forma de distrair e entreter os seus cidadãos. Através de modernos meios de comunicação, a consciência de milhões de ouvintes, leitores e espectadores, é manipulada com truques, por pessoas sem escrúpulos, a soldo dos governos. Devo dizer que, a forma mais efectiva deste “CIRCO ROMANO” até hoje conseguido, são os “entretenimentos” transmitidos, que chegam as nossas casas com a sua maravilhosa tecnologia e, hoje em dia, pode chegar, até no cu de judas. A televisão e a rádio medíocre, não só reduzem o descontentamento a “divertir pessoas” hipnotizadas, pobres pessoas que, de forma passiva, comendo pipocas, pizzas, hambúrgueres e outros lixos em forma de alimentação neurótica; sentados nos seus traseiros de chumbo, e as suas cabeças bloqueadas, vegetam, e não tem a capacidade de manifestarem, o seu descontentamento, contra abusos e incompetência dos governos e seus governantes…       
Mesmo assim, o maior perigo, o mais poderoso controlo do pensamento, não está nestas drogas electrónicas da indústria de entretenimento, mas sim, na máquina de educação obrigatória, apoiado pelo Estado. Professores e escolas satisfazem obviamente, as necessidades instrumentais das complexas civilizações industriais, domesticando de forma manipuladora cada geração em nome do seu “bem-estar”. São estes professores e escolas, que dedicam o seu tempo numa educação não instrumental: Formação cívica, falsa história, educação política, estudos sócias… e, como disse e bem, o saudoso arquitecto, Óscar Nyemeier: Todas as escolas deviam ensinar obrigatoriamente, História e Filosofia, para que as pessoas crescessem com um conhecimento espiritual de si próprio e do seu semelhante e não, como idiotas qualificados, muitos com formação académica, mas sem educação… terá que existir mais matérias explícitas sobre a cultura, e um olhar tolerante não discriminatório da diferença cultural dos povos. Ensinar as pessoas a respeitarem as diferenças culturais.
 Respeitar a natureza a poesia e o verdadeiro conhecimento, que retrata bem, a sua superioridade perante qualquer sistema. Citando o escritor Moçambicano, Mia Couto, escrevo: CRIARAM PAÍSES, BANDEIRAS E GOVERNOS, MAS SÓ EXISTEM DOIS GOVERNOS: O DO REINO DOS VIVOS E O DO REINO DOS MORTOS…  O monopólio do pensamento é cada vez mais ameaçador! É fundamental estarmos vigilantes nestes tempos que correm, atentos a demagogia política, atento aos corrosivos banqueiros sem escrúpulos, atentos aos economistas desonestos, as asquerosas baratas nojentas, os tais intelectuais orgânicos, coloboradores do Stablishment, manipuladores de jornais, das televisões, Opinion Makers a soldo
do dinheiro e do Poder.

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