O CONTROLO
DO PENSAMENTO EN CONTEXTOS MODERNOS
Segundo
Marvin Harris, antropólogo norte-americano, uma forma importante de conseguir o
controlo do pensamento consiste, não em assustar ou ameaçar as massas, mas sim,
atraí-las a identificarem-se com a elite governamental e usufruir
indirectamente da pompa dos acontecimentos estatais. Espectáculos públicos, tais
como, procissões, coroações, paradas militar, corridas de carros, futebol etc… Que
operam contra os efeitos alienantes da pobreza e da exploração. Durante a época
Romana, as massas eram reprimidas, mas era - lhes permitido, assistir a
combates de gladiadores e outros espectáculos circenses cruéis. Os sistemas
estatais modernos têm, no cinema medíocre, na televisão, rádio, desportos
organizados, satélites e outras técnicas poderosas, a forma de distrair e
entreter os seus cidadãos. Através de modernos meios de comunicação, a
consciência de milhões de ouvintes, leitores e espectadores, é manipulada com
truques, por pessoas sem escrúpulos, a soldo dos governos. Devo dizer que, a
forma mais efectiva deste “CIRCO ROMANO” até hoje conseguido, são os
“entretenimentos” transmitidos, que chegam as nossas casas com a sua
maravilhosa tecnologia e, hoje em dia, pode chegar, até no cu de judas. A
televisão e a rádio medíocre, não só reduzem o descontentamento a “divertir
pessoas” hipnotizadas, pobres pessoas que, de forma passiva, comendo pipocas, pizzas,
hambúrgueres e outros lixos em forma de alimentação neurótica; sentados nos
seus traseiros de chumbo, e as suas cabeças bloqueadas, vegetam, e não tem a
capacidade de manifestarem, o seu descontentamento, contra abusos e
incompetência dos governos e seus governantes…
Mesmo assim,
o maior perigo, o mais poderoso controlo do pensamento, não está nestas drogas
electrónicas da indústria de entretenimento, mas sim, na máquina de educação
obrigatória, apoiado pelo Estado. Professores e escolas satisfazem obviamente,
as necessidades instrumentais das complexas civilizações industriais,
domesticando de forma manipuladora cada geração em nome do seu “bem-estar”. São
estes professores e escolas, que dedicam o seu tempo numa educação não
instrumental: Formação cívica, falsa história, educação política, estudos
sócias… e, como disse e bem, o saudoso arquitecto, Óscar Nyemeier: Todas as
escolas deviam ensinar obrigatoriamente, História e Filosofia, para que as
pessoas crescessem com um conhecimento espiritual de si próprio e do seu
semelhante e não, como idiotas qualificados, muitos com formação académica, mas
sem educação… terá que existir mais matérias explícitas sobre a cultura, e um
olhar tolerante não discriminatório da diferença cultural dos povos. Ensinar as
pessoas a respeitarem as diferenças culturais.
Respeitar a natureza a poesia e o verdadeiro conhecimento,
que retrata bem, a sua superioridade perante qualquer sistema. Citando o
escritor Moçambicano, Mia Couto, escrevo: CRIARAM PAÍSES, BANDEIRAS E GOVERNOS,
MAS SÓ EXISTEM DOIS GOVERNOS: O DO REINO DOS VIVOS E O DO REINO DOS MORTOS… O monopólio do pensamento é cada vez mais ameaçador!
É fundamental estarmos vigilantes nestes tempos que correm, atentos a demagogia
política, atento aos corrosivos banqueiros sem escrúpulos, atentos aos economistas
desonestos, as asquerosas baratas nojentas, os tais intelectuais orgânicos, coloboradores do Stablishment, manipuladores de jornais, das televisões, Opinion Makers a soldo
do dinheiro e do Poder.